13 de fevereiro de 2013

Diane 35, mortes e a troca do anticoncepcional.


Já contei aqui que usei o anticoncepcional Diane 35 desde os meus 15 anos até o momento em que decidi engravidar, em 2008. Ou seja, usei o Diane por quase 10 anos consecutivos, e em alguns momentos sem fazer a pausa de 7 dias (onde ocorre a menstruação).
Também cheguei a tomar durante o finalzinho do período de amamentação, pois a minha ex-ginecologista não me deu nenhum tipo de orientaçào em relação a esse anticoncepcional combinado com hormônio e a amamentação. Minha "sorte" foi que isso aconteceu por pouco tempo, e ha tempo de receber esclarecimentos. Afinal de contas, meu leite nunca secou, então achei que não teria problemas.... Aff!
O Pietro desmamou, e de acordo com meu último ultrassom, não haviam os tais policísticos. Então a ginecologista (continuo me consultando com a mesma que me alertou sobre os hormônios e amamentação) recomendou que eu trocasse o anticoncepcional, porque o Diane 35 me desencadeava as benditas crises de Migrânea.
Pra quem não sabe como são essas crises, vou simplificar: perco a visão, partes do meu corpo ficam formigando e a dor que vem em seguida é a mesma de alguém enfiando um machado bem no meio do crânio. Pois é, e depois de todos esses anos é que a ficha caiu e percebi que era o Diane 35 que ajudava a desencadear essas crises.
Voltei a tomar o Cerazette, que seria um anticoncepcional perfeito pra mim, (apesar da minha pele voltar a ficar oleosa, e tal) pois não tinha nenhuma dor de cabeça. Maaaas como nada é perfeito, comecei a ter uns escapes de sangramento. Foi daí que resolvi seguir a indicação de uma amiga, confirmando com a ginecologista, e comecei a tomar o Allestra 20.
Ainda estou na segunda cartela do Allestra, e tenho me sentido bem apesar de perceber que saíram umas espinhas, mas o quê é um tratamento de pele comparado a uma enxaqueca não é mesmo?
Depois de tudo isso me deparo com a notícia das mortes de mulheres na França que usavam o Diane 35. Trombose. Vi que o anticoncepcional é usado no tratamento da acne, mas eu achava que era por causa da Síndrome dos Ovários Policísticos que tenho.
O quê são umas espinhas perto de uma trombose, não é mesmo? Fiquei pasma.
Enfim, não tenho conhecimento técnico pra opinar sobre a melhor pílula, e isso deve ser feito pelo(a) ginecologista. Em todas as bulas de anticoncepcionais há o aviso de que pode haver trombose como efeito colateral.
Com informação e acompanhamento de um profissional, no mais é contar com a sorte e aprender a "interpretar" certos sinais do corpo.
Se a gente não se sente bem, não tem por que insistir numa certa pílula, tem que buscar alternativas até encontrar uma que seja melhor pro próprio organismo.

Achei esse link com algumas dicas, mas vale ressaltar que o acompanhamento com o(a) ginecologista é fundamental, justamente pra não acontecer coisas como que aconteceu comigo no final da amamentação ou até mesmo o que aconteceu com essas mulheres que chegaram a óbito:

Se você sofre com dor de cabeça
Sentir o incômodo no período de adaptação, correspondente aos três primeiros meses, pode ser considerado normal. Se após esse tempo as dores permanecerem, é aconselhável trocar de pílula. Contudo, caso você já sofra de dores fortes e constantes ou tenha diagnóstico de enxaqueca, nenhum contraceptivo oral reverterá esse quadro.
> Mais indicadas Pílulas sem estrôgenio, apenas com progesterona levonorgestrel ou noretisterona (Cerazette e Micronor).
> Por quê O estrogênio tem ação vasoconstritora, agravando a dor em quem já a tem.

Se você sofre com pele e cabelo oleosos
Comemore. Após três meses de uso, a maioria das pílulas melhora o aspecto da pele e do cabelo. Se você, porém, possui glândulas sebáceas superativas, que deixam sua pele brilhante feito prataria de madame, dois tipos de progesterona sintética poderão ajudá-la.
> Mais indicadas Pílulas com gestodeno (como Mirelle, Gynera, Femiane e Tâmisa 20), com drospirenona (Yaz, Elani Ciclo e Yasmin) ou, quando há quadro severo de acne, com ciproterona (Diane 35 e Selene).
> Por quê Possuem efeito antiandrogênico, que regula a oleosidade da pele e reduz o surgimento de cravos

Se você sofre com tensão pré-menstrual
Bem-vinda ao clube. Segundo um estudo do Centro de Pesquisa em Saúde Reprodutiva, da Unicamp, com 860 mulheres, 80% sofrem ou já sofreram com a maldita tensão pré-menstrual. Logo, nada mais conveniente do que utilizar a pílula para combater esse mal (seu namorado e seus colegas de trabalho agradecem).
> Mais indicadas Pílulas com drospirenona (Yaz, Elani Ciclo e Yasmin) ou anticoncepcionais de uso prolongado, que podem ser usados sem pausa para a menstruação (Cerazette, Nortrel e Micronor).
> Por quê Possuem leve efeito diurético, evitando inchaço e dores nas mamas. Também reduzem o nervosismo, a irritação e a melancolia típicos da TPM.

Se você sofre com retenção de líquido
Você não enfiou o pé na jaca no fim de semana. Mesmo assim, sem motivo aparente, aquele jeans skinny não fecha durante a semana. Efeito da retenção hídrica, que se agrava principalmente na TPM e aumenta o peso na balança sem significar que você engordou. Trata-se apenas de um depósito de água que precisa ser drenado. Alguns anticoncepcionais auxiliam nessa missão.
> Mais indicadas Pílulas com drospirenona (Yaz, Elani Ciclo e Yasmin).
> Por quê Bloqueiam os receptores do corpo que estimulam a reabsorção de água.

Se você sofre com varizes e vasinhos
Suas pernas denunciam que você tem tendência ao problema? Ou sua mãe evita usar saias por causa disso? Nesses casos, o melhor seria optar por uma pílula apenas à base de uma progesterona sintética que comprovadamente interfira o mínimo possível no sistema vascular.
> Mais indicadas Pílulas com levonorgestrel (Cerazette, Kelly e Micronor).
> Por quê O estrogênio sintético aumenta o risco de trombose em mulheres com tendência.

Se você sofre com baixa libido
Questão controversa. Alguns médicos juram que a pílula não interfere diretamente na libido e que, por estarem livres do risco de engravidar, as mulheres até passariam a curtir o ato sexual com mais tranquilidade. Contudo, nós sentimos na pele como a grande maioria dos medicamentos promove, sim, uma queda no fogo. E muitos estudos comprovam isso. Os hormônios sintéticos aumentam a quantidade de uma proteína do organismo, chamada SHBG, que tem como função se unir à testosterona livre no sangue. Ao se ligar às proteínas, esse hormônio masculino (que faz você pensar em sexo tanto quanto um homem) tem seu nível diminuído. E o mesmo acontece com sua vontade de sexo. Além disso, as pílulas anticoncepcionais mantêm os níveis hormonais estáveis durante todo o ciclo, já que inibem a ovulação. Se antes você tinha picos de testosterona na fase pré-ovulatória, com a pílula tudo permanece sempre no mesmo patamar: o do marasmo. Conselho dos médicos: trocar de medicamento
>Mais indicadas Pílulas com clormadinona (Belara).
> Por quê Ela é composta de um tipo de progesterona que aumenta bem pouco os níveis da proteína SHBG no corpo.

Se você sofre com síndrome do ovário policístico (meu caso, porém não estou fazendo tratamento no momento)
Os sintomas são chatos e visíveis, como acne, oleosidade excessiva da pele, irregularidade menstrual e presença de pelos grossos em locais onde geralmente a mulher não tem, como costas, glúteos e laterais do rosto. A pílula muitas vezes é indicada como tratamento, independentemente da contracepção.
> Mais indicadas Anticoncepcionais com ciproterona (Diane 35 e Selene).
> Por quê Atenua a ação do hormônio androgênico no corpo, responsável pela regulação da oleosidade, da produção de pelos grossos e da queda de cabelo.




Nota da Bayer sobre o Diane 35 e as mortes: http://www.bayerpharma.com.br/pt/esclarecimento-diane-35.php?gclid=CM6fz_j8s7UCFQuynQodBU8A5g


4 de fevereiro de 2013

Primeiro dia na creche, 2a tentativa de adaptação.


Nem consegui dormir direito essa noite, de tanta ansiedade, porque no ano passado foi um caos a tentativa de colocar o Pietro na escola. E finalmente chegou a hora de tentar novamente.
Procurei passar bastante segurança, conversei com ele sobre o quanto é importante conviver com outras crianças, conhecer e aprender coisas novas fora da casa da vovó.
Na hora H ele chorou bastante e não queria entrar na sala. Ficamos com ele na porta (meu marido e eu) tentando convencê-lo de que seria divertido ir brincar com os coleguinhas, e assim que ele resolveu entrar, meu marido e eu saímos. Fomos os últimos pais a deixarem a escola.
Como nos primeiros dias tem adaptação, fomos buscá-lo mais cedo e vi que ele estava com aquela carinha de choro e com a mochilinha nas costas.
A professora pareceu ser bem simpática, e nos contou que o Pietro não quis desgrudar da mochila rs.
Ano passado eu dava aulas a tarde, então conseguia levá-lo na escola, mas acabou não dando certo e resolvi esperar mais um ano. Agora estou trabalhando em uma empresa que me possibilita trabalhar de casa, algumas vezes, e hoje consegui levá-lo e buscá-lo. Mas não será todos os dias assim.
Pra quem acha que é só virar as costas e deixar a criança lá, eu digo: não é fácil, se for seu filho. Mas me lembro que fui exatamente assim quando entrei no prézinho, com 6 anos.
Imagine uma criança acostumada a ficar em casa com a mãe e o irmão mais novo, tomando leitinho quente na mamadeira (tomei mamadeira até os 7) e assistindo toda a programação da Tv Cultura, da época. Claro que a gente intercalava com brincadeiras, mas pra mim foi bem difícil acostumar a ficar na escola.
O que mais me assustou no ano passado com o Pietro, foi que ele ficou doente. Nos primeiros dois meses de aulas na creche, ele teve febre alta sem parar e ficou totalmente triste, desmotivado. Aqui tem um link pra minha última postagem sobre o motivo de ter desistido da escolinha.
Espiei escondida da janela da sala de aula dele, e vi que ele pegou uma cadeirinha e ficou sentado nela, chorando. Aquilo me detonou.
Só que depois de ter desistido de deixar ele lá, ele voltou a ficar com a minha mãe e a gente teve alguns problemas. E independente de qualquer coisa, sinto que ele precisa conhecer outras crianças, brincar, aprender...
Enfim, espero do fundo do coração que ele vença essa fase de adaptação e fique bem na creche. Minha mãe fica com ele desde que ele tinha 4 meses, e acredito que será bom para todos que tenha esse convívio com crianças da mesma idade.