15 de novembro de 2014

Lanche infeliz x Alimentação consciente (Palpites irritantes e Hipócrates)

Tenho escrito e compartilhado bastante sobre alimentação saudável pra crianças, e inclusive já indiquei o documentário "Muito Além do Peso no post "Alimentação, Sobreviventes e Dica de documentário", por alguns motivos, inclusive porque me interesso pelo assunto mesmo e acho que tem tudo a ver com as "causas" nas quais acredito. Porém o motivo mais importante é que sou mãe e me preocupo (óbviamente) com a saúde do meu filhote.
Tem gente que acha hipocrisia, quando alguém que vivia de hambúrgueres, chocolate e coca-cola tem filh@ e passa a se preocupar com a alimentação dele(a). Eu chamo isso de responsabilidade.
Hoje em dia sabemos que as doenças originadas da má-alimentação matam mais do que homicídios.
Será que vale a pena arriscar?


"Ah, mas assim a criança vai passar vontade!"
 Bebês que ainda não experimentaram certos alimentos, não têm como passar vontade. Nunca vi sentido algum em dizer que um bebê estava com vontade de tomar ou comer alguma coisa sendo que ele nunca havia experimentado aquilo (só se for uma lembrança de vidas passadas né gente :P)
E se você oferece uma variedade de alimentos saudáveis desde cedo (a partir dos 6 meses), a probabilidade dessa criança se acostumar a hábitos saudáveis é muito grande.
Frutas in natura, papinhas sem sal, produtos não-industrializados, e com o tempo vai-se aumentando esse leque de variedades.
Nem tudo que a criança pede, é por vontade. Muitas vezes pode ser curiosidade mesmo, mas daí os pais têm que avaliar se dão ou não.

"Mas você tá sendo muito chat@, muito radical!"
Ninguém precisa ser um "hitler" da alimentação saudável, também. Não há necessidade de exagerar, mesmo porque parece que tudo que é proibido demais se torna muito mais interessante do que realmente é. Acho que essa foi uma vantagem no momento em que meu filho se tornou vegetariano, ele já conhecia o gosto das carnes e escolheu não comer mais. Mas também não condeno quem nunca deu carne aos filhos, porque pelo menos os pais que conheço oferecem muitos outros alimentos gostosos e saudáveis.
Sempre dizemos ao Pietro: se você tem vontade, pode experimentar. E então explico o que é aquele alimento.
Quando ofereço alguma coisa que ele vai comer pela primeira vez, enfatizo o que aquele alimento tem de nutrientes. "Esse aqui é o espinafre, tem bastante cálcio e te ajuda a ter ossos mais fortes", por exemplo. Assim vou aprendendo, também, já que não sou nutricionista - só uma mãe curiosa.

A informação está disponível. Os resultados vêm a longo prazo. E mais uma vez é o bom-senso responsável pelo futuro de cada um.
É impossível ser perfeito, e também muito chato. Não tenho a mínima intenção quanto a isso, somente a de cuidar daquele que eu quis colocar no mundo...
Nos últimos dias, tá todo mundo "desesperado" pelos bonequinhos do Mario Bros que Mclixo ta vendendo. Até eu que já sou crescida, queria um rs.
Na última vez que o Pietro comeu um "Mclanche infeliz", ele pediu pra gente tirar a carne e só sobrou aquele pão murcho com catchup e uma fatia fininha de queijo.
Como ele mesmo me confessou que só queria o brinquedo (que já entra em outra discussão importante sobre publicidade infantil), dessa vez fizemos diferente.
Fomos a um restaurante que gosto muito, pedimos o lanche vegetariano orgânico (que é delicioso), comemos junto com as batatinhas assadas e suco de fruta. Depois fomos lá no mcdnalds e compramos os bonecos, separadamente.

"Ah, mas não compensa financeiramente comprar só os brinquedos."
Eu digo que compensa SIM, a partir do momento em que você passa a enxergar que a comida tem o poder de evitar e curar doenças.
Afinal de contas, existe algum investimento maior que a saúde?


Essa frase já responde à todo tipo de palpite irritante. Antiga, porém muito atual ;-)

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